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A pecuária mudou. Você viu?

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[A figura mostra que o crescimento do rebanho confinado supera crescimento do rebanho total. Fontes: IBGE e Anualpec.]

Há um cansaço com relação às más notícias sobre a pecuária. Por isso, este post mostra uma dinâmica da pecuária brasileira que talvez você entenda como boa notícia.

Os sistemas de terminação em confinamento, em que os animais são tratados com ração rica em energia durante 90 dias em áreas fechadas, têm crescido bem mais do que o rebanho nacional. No quatriênio 2012-2016, em torno de 10% dos animais abatidos no Brasil vieram de confinamentos.

Estamos falando de quatro milhões de animais, um rebanho respeitável.

Em São Paulo e Mato Grosso, os confinamentos tiveram participação ainda maior, de 20% do abate.

O Brasil talvez não seja um país com vocação para ser dominado pela pecuária super-intensiva. Mas ainda assim, esses sistemas induzem mudanças que se propagam na cadeia.

A terminação em confinamento aumenta a quantidade produzida por hectare, permitindo usar menos terra. Ela também proporciona maior velocidade de ganho de peso (conhecida como ‘desfrute’). Além disso, a maior qualidade do produto final foi comprovada em estudos de palatabilidade.

A expansão da pecuária super-intensiva também traz desafios. Um deles é a alta incidência de doenças respiratórias, que prejudicam o bem-estar dos animais e geram altos custos. Outro problema é a geração de quantidades elevadas de dejetos que ficam concentrados em lagoas e, muitas vezes, não têm destinação adequada. Isso causa poluição do solo, dos cursos d’água, e do ar.

Tem mais.

A pecuária brasileira está usando cada vez menos terra. Sim: a ára total de pastagem tem caído ao longo do tempo.

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