Água digital e o uso de tecnologia digital
no monitoramento da água

 

Por exemplo, você pode usar um aplicativo para pagar a conta de água. Então, de alguma forma, o digital já está na contabilidade da água. Só tem um detalhe: para que isso aconteça, alguém precisa calcular o tamanho da conta de água.

 

 
         

Será que quem faz essa conta já entrou na era digital?

 

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

 

 

     No Brasil, a Agência Nacional de Águas (ANA) cuida do monitoramento do uso da água. Os dados da ANA indicam que a agropecuária é responsável pela maior parte – mais de 60% – do uso da água (retiradas de água, em linguagem técnica). A irrigação de lavouras é o maior consumidor de água do Brasil, e a ANA usa tecnologia avançada para monitorar o uso da água na irrigação.

     Porém, existe um tipo de uso de água que tem ficado bem longe do digital: a produção de peixes e de animais aquáticos. Segundo a ANA, o uso de água na aquicultura brasileira pode chegar a 0,5% do total. Esse número vem das outorgas concedidas pelos estados e pela ANA para aquicultura em viveiros escavados e tanques-rede (Fonte: Conjuntura de Recursos Hídricos, 2023, ANA).

     O PROBLEMA: A ANA ainda não possui dados abrangentes sobre o volume total de água utilizado na aquicultura. Diferente da irrigação e da indústria, a aquicultura carece de um sistema oficial de monitoramento digital do uso da água. Em 2022, estimou-se que o volume de água destinado à aquicultura em viveiros escavados foi de 12,1 m³/s, um dado que abrange apenas uma parte do setor aquícola.

     ATÉ ONTEM. Pois agora, o MaPeixe, uma solução de tecnologia digital da bussola.farm, combina o poder de observação do olho humano com a eficiência dos algoritmos computacionais para identificar, em imagens de satélite de alta resolução, a localização e o tamanho das unidades de produção piscícola no Brasil.

     Só em Rondônia, o MaPeixe já mapeou mais de 60 mil viveiros de produção piscícola em 2023. Com isso, a tecnologia digital nos permite saber que, apenas em Rondônia, temos quase 20 mil hectares de área alagada usada para a produção piscícola.

MaPeixe. Finalmente, a água ficou digital.

 

MATERIAL DE APOIO

     A aquicultura em tanques-rede, teve um número menor de outorgas emitidas. O relatório "Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2023" menciona a emissão de 19 outorgas para aquicultura em tanques-rede, sem especificar a porcentagem exata destinada à aquicultura em relação ao total outorgado​​.

    Dea cordo com o gráfico da página 72: A porcentagem de outorgas destinadas para a aquicultura brasileira é de 0,5% do total de outorgas vigentes​​.

https://www.snirh.gov.br/portal/centrais-de-conteudos/conjuntura-dos-recursos-hidricos/conjunturainforme2023.pdf.

    Em 2022, o volume de água destinado à aquicultura em viveiros escavados foi estimado em 12,1 m³/s .

https://www.snirh.gov.br/portal/centrais-de-conteudos/conjuntura-dos-recursos-hidricos/conjunturainforme2023.pdf.